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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O que estou lendo #1


Lembram daquela minha idéia de alugar os livros na biblioteca e comprar os preferidos? Então, tá indo na medida do possível, minha gente. O problema é que sabe Deus porque, os livros que compro leio num suspiro (dois dias tem sido a marca) mas os que alugo, que tenho duas semanas para a leitura, vão se arrastando... Foda. E outra, percebi que quando leio da biblio, por mais que goste, não compro, acabo dando preferência pros que ainda não li. O que é justo, mas fura meu plano genial.

Mas vamos falar de coisa boa (iogurteira top term!), essa semana peguei mais três livros alugados e comprei outros três, sendo dois deles, mangás da LPM Pocket (publicidade gratuita mesmo, sem parceria nem cachê. Só porque gostei demais da qualidade “técnica” do mangá). Vou dar a sinopse deles (via skoob) mais adiante, e a resenha quando terminá-los!

Sinopse: Pequena Abelha, Chris Cleave




Essa é a história de duas mulheres cujas vidas se chocam num dia fatídico. Então, uma delas precisa tomar uma decisão terrível, daquelas que, esperamos, você nunca tenha de enfrentar. Dois anos mais tarde, elas se reencontram. E tudo começa… Depois de ler esse livro, você vai querer comentá-lo com seus amigos. Quando o fizer, por favor, não lhes diga o que acontece. O encanto está sobretudo na maneira como essa narrativa se desenrola. 

* Finalmente comprei esse livro! Tava querendo tanto..imaginem minha cara quando o achei no meio daquele mundaréu da Cultura (sim, eu não peço ajuda aos vendedores, eu procuro na raça mesmo.) E os comentários sobre eles não podiam ser melhores,  então, esperando muito (mas tentando não esperar...).


Sinopse: Solanin 1 e 2, Inio Asano




A Série L&PM Pocket Mangá traz ao leitor brasileiro as melhores histórias e autores de quadrinhos do Oriente, com opções para todas as idades. Em Solanin 1, do premiado quadrinista japonês Inio Asano, o jovem casal de namorados Meiko e Taneda decide dar uma virada em suas vidas e ir atrás de seus sonhos de música e liberdade. Solanin 2, a segunda e última parte da aclamada história de Inio Asano, mostra que, frente ao abismo entre os sonhos e a vida como ela se apresenta, às vezes improvisar é a única saúda possível.

* Esses são outros que eu tava com muita expectativa, por conta dos comentários. Fiquei meio assim, por ser mangá, mas levei. Esse li na mesma noite que comprei, depois no dia seguinte fui atrás da seqüência. Mais detalhes na resenha!


Sinopse: A exposição das rosas, István Örkény




Saudado como "O Molière Húngaro", István Örkény destas duas novelas usa o grotesco, a sátira e a ironia mordaz em ficções poderosas e premiadas. Esta obra compõe-se de duas novelas, que abordam com ironia a história recente da Hungria. Como ponto alto, a sátira ao militarismo e aos frágeis valores da classe média. 

* Essa sinopse achei bem pobrinha perto do que o livro é. Assim, desse jeito que tá, parece chato, mas pelo que li até agora, não é. Na resenha faço uma sinopse mais decente pra vocês, ok.


Sinopse: Os meninos da Rua Paulo, Ferenc Molnár




Com mais de um milhão de leitores e oitocentas reimpressões só no Brasil, "Os Meninos da Rua Paulo" é o clássico por excelência; pelo caráter universal e pela alta qualidade literária, mantém-se capaz de atingir um vasto público ao longo de décadas. A história dos garotos que defendem o "sagrado grund", um pedaço de terra que serve de palco para as brincadeiras, projetou o húngaro Ferenc Molnár na literatura mundial, tornou-se um best-seller e inspirou cineastas por todo o mundo - das adaptações para o cinema, a mais conhecida é de Zóltan Fábri (1969). Está para nascer uma geração que não se identifique com o espírito de amizade e união presente no livro. (...) A tradução brasileira é assinada pelo escritor, tradutor e dicionarista Paulo Rónai, grande divulgador da literatura húngara no Brasil. (...) Em suas palavras, Os meninos da rua Paulo "lembra-nos de uma verdade tão central como óbvia: que, nas horas e situações decisivas de suas vidas, os jovens querem mesmo é estar uns com os outros. [...] É entre eles que se firma os vínculos mais vitais e se trocam as emoções mais profundas".

* Só depois fui perceber que peguei dois autores húngaros... Esse é infanto-juvenil, mas tá fluindo menos que o A exposição das Rosas, vai entender. No prefácio, vi que tava com muito sono, quando em vez de “o idioma húngaro”, li “o IDIOTA húngaro”. Pensei: “Nossa, mas que jeito dele falar do autor...que será? Aí veio a compreensão... Fechei o livro e fui dormir depois disso. Mas aguardem a resenha, porque não desisti dele!


Sinopse: Reparação, Ian McEwan




Na tarde mais quente do verão de 1935, na Inglaterra, a adolescente Briony Tallis vê uma cena que vai atormentar a sua imaginação: sua irmã mais velha, sob o olhar de um amigo de infância, tira a roupa e mergulha, apenas de calcinha e sutiã, na fonte do quintal da casa de campo. A partir desse episódio e de uma sucessão de equívocos, a menina, que nutre a ambição de ser escritora, constrói uma história fantasiosa sobre uma cena que presencia. Comete um crime com efeitos devastadores na vida de toda a família e passa o resto de sua existência tentando desfazer o mal que causou.

* Eu li spoilers desse livro, o que me desencorajou um pouco, mas ainda tive vontade de ler, então peguei. Dei uma pausa, acho que não vou terminar antes do fim do prazo da biblioteca, mas dependendo, renovo o empréstimo.

Isso é tudo pessoal! 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Resenha: A máquina de fazer espanhóis

valter hugo mãe – Editora Cosac Naify




O livro trata de Antonio Jorge da Silva, um homem de 84 anos que passa a viver num asilo após a morte de sua mulher. Apesar da premissa envolver um tema delicado e muito possivelmente triste e pesado, a forma que o escritor transmite tudo não deixa o livro ser um fardo para o leitor. Pelo contrário. Escrita poética, não rebuscada, coisa linda de ser ler mesmo. A historia não deixa de ser triste, mas a todo momento, a personagem principal exprime seus pensamentos e sentimentos, deixando transparecer a raiva e a ironia, dando um toque muito especial à narrativa, que é feita em primeira pessoa pelo próprio Silva. A trama tem como pano de fundo a época da ditadura salazarista em Portugal, que é tratada de modo secundário mas insistente pelo autor durante toda a obra. Através do tema da velhice, valter hugo mãe discorre sobre temas universais, como o amor, a perda, a amizade e a morte.

Eu amei esse livro. Amei valter hugo mãe e seu jeito de escrever maravilhoso. Aconteceu com ele o mesmo que aconteceu com o John Green. A historia não traz uma premissa inovadora, mas o livro é o que é pela narrativa dos autores. Com a diferença de que o mãe é mais denso nas questões que ele aborda. Só uma coisa me incomodou: o fato de ele não usar maiúsculas e não separar os diálogos com dois pontos e travessão. Isso dificulta a leitura no começo, mas não é difícil de se acostumar (palavra de alguém que facilmente teria abandonado o livro, caso fosse grave). Me identifiquei em muito com o Silva... foi assustador ver como ele parecia estar falando de dentro da minha cabeça em alguns momentos (talvez eu esteja ficando velha antes do tempo hahaha). Foi triste não poder marcar as varias passagens em que parei para absorver a beleza daquilo. Como o livro era emprestado da biblioteca, só pude copiar as frases... Segue algumas para vocês verem do que eu to falando:


E eu sorri. Senti-me um idiota por dentro, mas sorri. Era da cultura, o estupor da cultura que nos mascara cada gesto. Pág. 26


Sonhar um mundo é correr riscos ainda maiores. É ser-se ambicioso perante o que já é impossível. - Pág. 53


O Américo esperou uns segundos por que me acalmasse. Procurou um silencio limpo como uma folha muito limpa onde pudesse escrever uma frase mais digna e disse, um dia essa saudade vai ser benigna. A lembrança da sua esposa vai trazer-lhe um sorriso aos lábios porque é isso que a saudade faz, constrói uma memória que nós nos orgulhamos de guardar, como um troféu de vida. Um dia, senhor silva, a sua esposa vai ser uma memória que já não dói e que lhe traz apenas felicidade de ter partilhado consigo um amor incrível que não pode mais fazê-lo sofrer, apenas levá-lo à gloria de o ter vivido, de o ter merecido. Tenho até inveja de si, senhor Silva, porque eu tenho trinta e um anos e estou por aqui solteiro, já não vou a tempo de ter cinqüenta anos de uma grande paixão. – pág. 77


Aceitar que apenas a gestão do tempo pode fazer-nos escapar à loucura. – pág. 101


Sentir o que não existe é uma qualquer saudade de nós próprios. Muita coisa é apenas uma saudade. Muitos dos sentimentos. É como lhe digo. Sabe, até o suspirarmos por alguma acalmia que havia antes da revolução. Ó senhor Cristiano, não vai falar outra vez do regime. Não é isso, é que é importante pensar nestas coisas, respondia ele. (...) temos medo destes novos tempos, não são os nossos tempos, e precisamos de nos defendermos. Quando dizemos que antigamente é que era bom estamos só a ter saudades, querermos na verdade dizer que antigamente éramos novos, reconhecíamos o mundo como nosso e não tínhamos dores de costas ou reumatismo. É uma saudade de nós próprios, e não exatamente do regime e menos ainda de salazar. – pág. 116


A mulher corava novamente e desse modo se calavam por um instante, a pensar nessas levezas que não tem sequer dicionário e obrigam uma pessoa a depender da outra pelo lado mais delicado da beleza. – pág. 219


Depois confessei-lhe, precisava deste resto de solidão para aprender sobre este resto de companhia, este resto de vida, Américo, que eu julguei já ser um excesso, uma aberração, deu-me estes amigos. E eu que nunca percebi a amizade, nunca esperei nada da solidariedade, apenas da contingência da coabitação, um certo ir obedecendo, ser carneiro. Eu precisava deste resto de solidão para aprender sobre este resto de amizade. Hoje percebo que tenho pena da minha Laura por não ter sido ela a sobreviver-me e a encontrar nas suas dores caminhos quase insondáveis para novas realidades, para os outos. Os outros, Américo, justificam suficientemente a vida, e eu nunca o diria. Esgotei sempre tudo na Laura e nos miúdos. Esgotei tudo demasiado perto de mim, e poderia ter ido mais longe. – pág. 237


Perguntava-me por que não deixar que ficassem. Seriam uma historia bonita no feliz idade. E eu respondia que não, não queria, que as historias bonitas aconteciam por acaso, e eu acabara de aprender que a vida tem de ser mais à deriva, mais ao acaso, porque quem se guarda de tudo foge de tudo. – pág. 245


Sentiram o drama? Selecionei e mesmo assim ficaram muitas! Preciso falar que vale a pena ler?


5 estrelas


PS: gente, tenho problemas com títulos e suas mensagens nas entrelinhas. Deu pra perceber né... Então, alma bondosa, leitor inteligente: caridade por favor, seja gentil e explique para a minha pessoa o porquê de ser A máquina de fazer espanhóis. Grata.


Resenha: O Sol é para todos

Harper Lee – Editora Círculo do Livro




O livro aborda os acontecimentos de uma cidade norte americana chamada Maycomb, durante a época da Depressão. Tudo é narrado pelo ponto de vista de Scout, uma menina que começa o livro com 6 e termina com 9 anos. Filha de um advogado, ela, seu irmão Jem e o amigo Dill seguem sua rotina de escola e brincadeiras. Mesmo sendo bem infantis, as crianças tem suas idéias e pensamentos amadurecidos pra idade, culpa provavelmente, da criação que Atticus deu. Atticus é um pai e tanto. Relação muito bonita a deles. Alias, as melhores passagens na minha opinião são as conversas entre Scout e o pai e entre ela e o irmão. Inocente, ela sabe de muita coisa e nem sabe que sabe.


A autora mostrou como que  a maioria de nós perde a inocência e junto dela vai a sensibilidade a questões que não deveríamos negligenciar. Coisas que quando crianças nos fariam ficar indignados, mas que com a vida adulta aprendemos a nos resignar para não sofrer. Eu marquei tantas passagens... tem uma muito legal, em que Scout está “se transformando em dama” e pensa sobre a diferença de comportamentos entre os homens e as mulheres. Eu queria botar a frase aqui, mas acho que não vou por não, é melhor vocês lerem no contexto.


Esse livro é duma edição de 1960, eu comprei num sebo, então, apesar de estar bem conservadinho, ele cheira como um livro de sebo... Coisa que me incomodou bastante no começo, mas depois acabei acostumando. A leitura demorou um pouco pra engrenar...ainda mais por causa do cheiro. Mas agora que acabei, sinto falta da Scout e do povo de Maycomb. Queria que o livro continuasse mais um pouco... A história em si não é fantástica.. fantásticos são os persongens. Você acaba se apegando muito a eles e aos seus pensamentos, diálogos, ao que fazem.. Esse livro tem um filme tambem, que eu na verdade vi antes, mas lendo percebi que não lembrava de quase nada.. Então, se você ainda não leu... leia! Alias, quem já leu.... será que poderia me explicar o porque do titulo em inglês ser “To kill a mocking bird”? Tenho umas idéias a respeito mas acho que não é bem pelo caminho que eu acho que é... enfim, se alguém quiser me explicar, comente aí embaixo.

5 estrelas

Apologizes e Resenha: A culpa é das estrelas

Shame on me! Eu sei... fiquei um tempão longe do blog. Mas as pessoas do meu circulo sabem que as vezes eu sumo durante um tempo, mas sempre acabo voltando rs E voltei com várias resenhas dos livros que li. Compensação pelo sumiço. Vou tentar manter a periodicidade de agora pra frente... não prometo, porque promessas... vocês sabem, geralmente são fail. Dos últimos três de que falei post passado, só li inteiro um. Parte por causa da decepção que foi um deles e parte pela falta de tempo em relação ao outro, que demandava mais atenção. Respectivamente o Sociedade literária e a torta de casca de batata e o Crime e castigo. Maaas, esse ultimo ainda pretendo fazer uma nova tentativa. E como não dá para fazer resenha de livros não terminados, fiz uma troca e postarei sobre outros dois livros que li antes desses (ainda esse ano), assim vocês não ficam no prejú. Seguem aí as benditas! (PS: em posts diferentes para não ficar hiper gigantesco)
  
A culpa é das estrelas, John Green – Editora Intrínseca




O livro que vai te fazer rir, chorar e ainda querer mais é sobre Hazel Grace, 16, paciente terminal de câncer de pulmão. A personagem não tem a pretensão de sugar o mel da vida nos seus últimos dias, vive um dia após o outro e possui uma rotina. Tudo é contado pela visão dela: inteligente e sarcástica, mas ainda de uma adolescente. Hazel conhece Augustus Waters, 17, paciente SEC (sem evidencia de câncer) há um ano e meio, no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer.


O enredo se desenrola conforme os dois vão se aproximando e gira em torno das experiências que os dois vivem juntos. É uma historia de amor? É. É triste? Sim. Mas não é brega gente. De jeito nenhum. Talvez tenha sido o humor da Hazel ou as observações nerds-filosoficas que as personagens fazem durante o livro, ou a narrativa de John Green. Esse combo faz do livro uma obra leve e muito gostosa de se ler (li de uma tacada só, não conseguia parar!) , mas sem deixar de trazer reflexões a tona.


O que é dito na capa, se cumpre. Perdi a conta de quantas vezes ri de “cenas” do livro... Eu, que mais choro do que rio com todos eles. Lá pelo meio já sentia medo de quando chegaria a parte do “chorar”. Chorei sim. Como se tivesse acontecido comigo. Mas acho a maior surpresa com o livro foi o riso. A cumplicidade, a empatia. Pelo fato de ser em primeira pessoa e pelos sentimentos no livro serem descritos de forma tão legitima, você não lê a historia, você é a historia e o personagem. Eu já esperava a tristeza, mas não a alegria e a identificação que senti em certos momentos. Por isso o livro me ganhou. Diante de tantos os questionamentos que tenho me feito durante todos esses dias, o livro foi certeiro no maior deles: o sentido da vida. De um jeito totalmente não piegas, mas foi. Estou embaralhada depois dessa. Preciso de um tempo pra pensar. e sim, recomendadíssimo com R maiúsculo.


5 estrelas

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Sobre julgamentos (e caraminholas da minha cabeça)


É muito difícil julgar uma atitude polemica baseado em seus próprios argumentos. Seres humanos são profundamente afetados por sua mentalidade e sensibilidade, mas a maneira como reagimos a diversas situações é algo não previsível diante das inúmeras experiências a que somos submetidos. Enquanto alguns agiriam de forma repreensível por outros, é uma questão de tempo para essa atitude ser repensada e considerada sobre os diversos ângulos que acabam por ser apenas dois: razão e emoção. O que há tempos atrás era considerado errado do ponto de vista social, hoje recebeu uma outra recepção.  


Uma relação homossexual entre professor e aluno, como a apresentada pelo seriado True Love, estreado pela BBC. Na trama, vemos a professora Holly, solteira – mas que mantem um romance (podemos chamar de romance? Não há amor ali..) com um homem casado – que tenta lidar com uma sala indisciplinada e sem respeito algum a sua autoridade; e uma de suas alunas,  Karen, que não aprova a conduta dos demais e acaba se aproximando de Holly. 


Três quebras na cartilha social: homossexualidade, relação amorosa entre professor e aluno e o a diferença de idade entre as partes. Ainda mais chocantes quando reunidas num pacote. A reação é quase unânime: os alunos caçoam e expõem as duas ao ridículo, a mãe de Holly reprova o relacionamento, tentando chama-la “à razão”. 


Nessa cena da mãe, em especial, me peguei pensando em como Holly estava emocionalmente instável e infeliz com sua vida e sem perspectivas boas pela frente. Diante disso, apoiei a atitude da sua mãe, que reagiu como a maioria das mães reagiria ao saber que sua filha (adultíssima) está namorando uma de suas alunas de 16 anos. Fiquei pensando que se ela não estivesse tão a flor da pele com seus problemas, talvez não embarcaria numa relação como essa. 


Acho que é o que a maioria de nós pensamos, quando nos deparamos com algo fora da conduta moral esperada: depois do choque...a explicação: tudo culpa da fragilidade emocional. Porém, isso é o que alguém de fora pensaria. Uma analise racional dos fatos... do fato que agrediu o que temos como certo e que logo é errado. E é mesmo muito difícil entender as decisões e ações quando não temos que toma-las. 


Mas elas, Karen e Holly, deveriam achar errado essa relação, quando ambas compartilhavam do mesmo sentimento? A partir do momento em que você está vivendo algo, então as duas consciências disputam.. Enquanto quem observa só tem posse apenas de uma, pois mesmo que tente, não há como sentir-se igual. 


Talvez a relação entre Holly e Karen fosse verdadeira, mas talvez não. Não há como saber. Talvez nem elas saibam e só terão  chance de saber depois que o tempo passar, quando conseguimos uma visão amadurecida do acontecimento, mas perdemos o poder de agir em relação aquilo. Julgamentos são inerentes ao ser humano, e curiosamente, costumam ser inflexíveis e taxativos, mas são fadados a uma revisão constante – nem sempre rápida -  e moldados pela mudança de consciência e pensamento a que todos estamos submetidos a todo tempo, social e individualmente.  

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Nova tag: filhos da biblioteca


Gente! Podem cantar ALELUIA! Fui na biblioteca sexta passada e fiz meu cadastro. Agora posso retirar de lá três livros por vez. hehe Como minha lista de espera é muito grande, tenho que selecionar para comprar os livros que eu realmente me apaixonei e que valem uma possível relida futuramente. Então nesse ponto o empréstimo vem bem a calhar: leio, avalio, se amar compro, se odiar......valeu a experiência, tchau e benção.

Maaaaas como o espírito consumista e possessivo (imagem mental de blogueira psicopata se formando..) as vezes bate mais forte, eu já separo os títulos que de tanto gostar da proposta ou devido aos ótimos comentários a respeito eu corro o risco e boto na lista de compras sem ler antes. É que apesar do meu plano infalível, comprar algo já lido faz perder o encanto de ir "as escuras" e  porque ainda gosto de ir a livraria e escolher o que quero por instinto, mais do que por indicação. Tanto que faço essas listas e leio resenhas, para me inteirar das possibilidades e não para seguir a risca. Na maioria das vezes acabo não pegando nenhum dos que imaginei que pegaria, mas quando o meu instinto capta algum título da minha lista e o aprova, os dois dão as mãos e é quase certeza de sucesso! 


Por hora chega de despejar minhas neuras literárias aqui... Ainda tem muito tempo e espaço pra isso em posts futuros. Como vocês viram pelo título, vou iniciar uma nova tag, onde mostrarei os títulos que emprestei da biblioteca, com sinopse (via skoob) para vocês terem uma idéia do que estou lendo.   E logo que acabar de ler postarei as resenhas! 


 1. A máquina de fazer espanhóis, Valter Hugo Mãe




A máquina de fazer espanhóis é uma imagem livre do que somos hoje, consequência de tanto passado e dúvidas em relação ao futuro. É um livro de reflexão sobre a fidelidade na amizade ou no amor.


No país dos silvas poucos serão os que escapam a pensamentos paradoxais de profundo amor pela nação misturados com uma ancestral dúvida sobre se não estaríamos melhor como cidadãos do país vizinho.


Entre o dramático da vida, com a idade a descontar o tempo, e o hilariante da casmurrice e senilidade, este romance é um retrato dos homens que perduram depois da violência mais fracturante. É um retrato delicado e sensível da terceira idade, com o que acarreta de ideias confusas sobre o passado e sobre o presente.


 2. A sociedade literária e a torta de casca de batata, Mary Ann Shaffer e Annie Barrows




O título conta a história de Juliet Ashton, uma escritora em busca de um tema para seu próximo livro. Ela acaba encontrando-o na carta de um desconhecido de Guernsey, Dawsey Adams, que entra em contato com a jornalista para fazer uma consulta bibliográfica. Começa aí uma intensa troca de cartas a partir da qual é possível identificar o gosto literário de cada um e o impacto transformador que a guerra teve na vida de todos. As correspondências despertam o interesse de Juliet sobre a distante localidade e narram o envolvimento dos moradores no clube de leituras – a Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata –, além de servirem de ponto de partida para o próximo livro da escritora britânica.


O clube, criado antes de existir de fato, foi formado de improviso, como um álibi para proteger seus membros dos alemães. O que nenhum dos integrantes da Sociedade imaginava era que os encontros pudessem aproximar os vizinhos, trazer consolo e esperança e, principalmente, auxiliar a manter, na medida do possível, a mente sã. As reflexões e as discussões a respeito das obras os livraram dos pensamentos sobre as dificuldades que enfrentavam e ainda serviram para aproximar pessoas de classes e interesses tão díspares, de pescador a frenólogo, de dona de casa a enfermeira.


A autora Mary Ann Shaffer não sobreviveu para assistir ao sucesso da sua estreia literária – ela morreu em fevereiro de 2008, aos 73 anos. A sociedade literária e a torta de casca de batata recupera um mundo que se perdeu entre os escombros da guerra, feito de camaradagem e solidariedade, delicadeza e simpatia. Nele, a guerra – e a morte – é vencida por um batalhão de personagens igualmente sensíveis e sedutores, que conduzem os leitores pelas mãos, através de um narrativa, humana e marcadamente feminina, até o fim.


 3. Crime e castigo, Fiódor Dostoiévski




Publicado em 1866, Crime e Castigo é a obra mais célebre de Fiódor Dostoiévski. Neste livro, Raskólnikov, um jovem estudante, pobre e desesperado, perambula pelas ruas de São Petesburgo até cometer um crime que tentará justificar por uma teoria: grandes homens, como César e Napoleão, foram assassinos absolvidos pela História. Este ato desencadeia uma narrativa labiríntica que arrasta o leitor por becos, tabernas e pequenos cômodos, povoados de personagens que lutam para preservar sua dignidade contra as várias formas da tirania.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Primeiro post


Olá pessoal, sejam bem vindos!!


Faz MUITO tempo que venho querendo fazer o blog, mas fui adiando e adiando esperando a coragem e a inspiração chegarem (taria mortinha e sem blog se fosse ficar esperando pra sempre)... mas finalmente ele nasceu! *música do nascimento do filho do rei leão* Aqui o tema principal será sobre literatura, mas é bem capaz de eu me empolgar e escrever sobre outros assuntos que forem surgindo....cinema, música, séries, entretenimento em geral e o que mais der na telha Hehehe Fiquem abertos pra comentar o que gostarem e o que não gostarem, por aqui, pelo twitter, facebook ou pelo email: capivaraleitora@gmail.com


Enjoy it!